Uma estratégia de internacionalização para empresas pode expandir o mercado, aumentar o lucro, melhorar a competitividade e diversificar carteira de clientes e produtos
Para falarmos deste assunto, precisamos esclarecer um ponto: a internacionalização de empresas é uma estratégia que vai além da internacionalização de negócios e se refere à organização em si. E isso gera muitos impactos e desafios para quem decide entrar nesse processo.
Fatores como a tecnologia, a globalização e a inovação influenciam consideravelmente na internacionalização de uma empresa. E essa pode ser uma excelente estratégia para que, além de permanecer no mercado em que atua, a organização passe a operar em outros países.
Apesar disso, e por inúmeras razões, as empresas brasileiras sempre tiveram dificuldades para internacionalizar: legislação, logística, distância, custos, cultura etc.
Então, a pergunta é: a sua empresa está preparada para a internacionalização?
Se quer saber mais sobre o tema para responder a essa pergunta, continue lendo este post. Nele, você vai entender alguns pontos importantes dessa estratégia de mercado.
O primeiro, é a motivação para entrar nesse processo. E aí vem outra pergunta…
Por que as empresas adotam estratégias de internacionalização?
Estamos cada vez mais conectados com o mundo e entendendo das coisas que acontecem aqui e fora do país, certo? Pois bem, no mundo corporativo não é diferente, e os investidores sabem bem disso.
Por isso mesmo, o número de investidores interessados em diversificar os seus negócios aumentou consideravelmente nos últimos anos. Eles estão em todos os lugares do mundo, investindo elevadas quantias – principalmente em startups – para alavancar negócios em ascensão ou já bem estruturados.
Os ecossistemas globais de inovação e empreendedorismo também são uma tendência na internacionalização. Para potencializar os seus negócios, muitas organizações mundiais firmam parcerias ou abrem suas portas, conectando-se a outras empresas de todos os portes e setores.
Isso permite que elas compartilhem soluções capazes de atender às suas necessidades e resolver os seus problemas.
Além de criar oportunidades com estrutura física em outros países, essas parcerias estimulam a interação e criam ambientes e pensamentos colaborativos, proporcionam mentorias e consultorias especializadas em ferramentas e melhores práticas para expansão e posicionamento global.
E o que é preciso para uma empresa se internacionalizar?
Planejamento! O movimento para a internacionalização de empresas deve ser feito com muito estudo. Para entender o processo, faça uma análise que envolva a sua estruturação e operação: mão de obra, local de operação, natureza societária e objeto social (categoria), investimentos, tributação etc.
É muito importante que você verifique como funciona o país. Quer um exemplo? Nos Estados Unidos, a constituição para abertura de empresa ocorre em nível estadual, ou seja, o estado é que determina através de suas leis como as empresas devem funcionar. Sabendo que, fixada em um local, a empresa deve requerer uma autorização para operar em outros estados.
Cada país funciona de um jeito, principalmente no que se refere a cultura.
Você passa a lidar com equipes multiculturais e a operar em um sistema trabalhista e comercial diferente do que está acostumado. Fique atento aos seguintes aspectos:
Legais: abertura e planejamento societário, registro de marcas e patentes, regulação ambiental, onde se instalar etc.
Financeiros e tributários: abertura de conta em bancos, principais linhas de financiamento, remessa de dinheiro entre países, carga tributária etc.
Trabalhistas (legislação e boas práticas): contratação de funcionários, disponibilidade de mão de obra qualificada, direitos e deveres etc.
Pode parecer bobagem, mas as pessoas envolvidas no processo de internacionalização devem ter um mindset global (incluindo os processos de expatriação).
A falta de treinamento em todas as áreas do negócio e a negligência sobre a necessidade de adaptação da empresa são erros que muitos cometem ao longo do processo.
Logística: custos com remessas e deslocamentos, operacionalização (distância), fuso horário etc.
São vários os motivos que levam uma organização a entrar no processo de internacionalização de empresas.
Listamos a seguir pelo menos 5 motivos para internacionalizar o seu negócio:
1) Amplia o potencial de mercado e coloca a empresa em um patamar mais elevado. Alguns países disponibilizam ferramentas para orientar desde a implantação até a expansão dos negócios, criação de empregos e busca de oportunidades (inclusive com o governo).
2) Os governos estrangeiros costumam oferecer suportes financeiros às empresas (principalmente as pequenas e médias) que desejam investir no país, com incentivos que vão desde a obtenção de financiamento em condições especiais até a isenção ou abatimento nas tarifas de impostos.
3) As leis e obrigações tributárias costumam ser mais simples e objetivas.
4) Possibilidade de otimização da utilização de novas tecnologias para transformar o seu negócio, capacitando a empresa para oferecer produtos e serviços no mundo inteiro. Sem contar que ela pode contribuir positivamente para a imagem da produção brasileira mundo afora.
5) A relação direta com ganhos de competitividade, por meio da oferta de produtos e serviços para o consumidor final estrangeiro, gerando o aumento da receita local e internacional.
Antes de partir para um processo de internacionalização, faça um planejamento rigoroso. Tenha em mente que estabelecer uma empresa (comercial ou produtiva) no exterior traz inúmeros desafios de gestão.
Quer saber quais são as formas de internacionalização? Veja abaixo as mais praticadas:
1. Franquia: a empresa franqueadora empresta – através de acordo contratual e pagamento de royalties – a sua marca (produtos e serviços) para outra empresa. Essa forma de licenciamento é mais detalhada e formatada. A franqueadora fica responsável por dar todo o suporte e capacitação aos “franqueados internacionais”.
2. Licenciamento: uma empresa concede à outra – através de acordo contratual e pagamento de royalties – o direito de uso da sua marca ou patente no exterior. A marca da Coca-Cola, por exemplo, é licenciada para outras empresas de diversos países.
3. Subsidiária: uma empresa responde a outra, mesmo que tenham nome, posicionamento e CNPJ próprios. De modo geral, essa conexão envolve uma grande empresa e outra de médio ou pequeno porte, em que a maior controla a menor.
4. Filial: abertura de filial em mercado externo, como uma estratégia para a expansão do negócio, de acordo com as regras da matriz (sede).
5. Exportação: na forma indireta, uma assessoria ou consultoria especializada é contratada para cuidar de todas as etapas da transação.
Aqui, é importante dizer que o processo de internacionalização de empresa tem um nível de complexidade maior do que a exportação em si, pois envolve – a médio e longo prazos – algum nível de comprometimento da empresa com o mercado alvo, que pode se dar por meio investimentos ou por contratos estabelecidos com clientes, fornecedores ou parceiros.
Este vídeo contém informações sobre o cadastramento no RADAR (Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros), da Receita Federal, para as empresas que desejam iniciar atividades exportadoras (e importadoras). Se você pretende ingressar nesse tipo de operação, vale a pena assistir.
6. Joint Venture: esse modelo une duas ou mais empresas já existentes para iniciar uma nova atividade econômica em comum, por um determinado período, mesmo que tenham objetivos diferentes. Apesar da junção, elas permanecem independentes.
E, então, agora que você sabe um pouco mais sobre a internacionalização de empresas, consegue responder à nossa pergunta inicial?
Essa estratégia requer estudo de mercado e muito planejamento. Existem consultorias e instituições especializadas que podem ajudar você nesse processo. Faça você mesmo ou delegue para alguém uma imersão sobre o país onde deseja instalar a sua empresa.
Esperamos que essas informações sejam úteis para você. Acompanhe o nosso blog e fique por dentro deste e de outros temas que estão em alta no mercado.